Ana Batista fala-nos sobre as suas expectativas para o Dia da Tauromaquia e para a sua actuação no Festival Taurino que encerra o dia.
Entramos numa fase de superação da pandemia, o que significa para si começar a temporada nesta nova fase depois de dois anos tão duros para todos?
R: Na verdade foram dois anos complicados para todos os intervenientes no espectáculo taurino. Mas a dedicação que temos à nossa profissão e, especialmente, à nossa quadra de cavalos, fez-me acreditar e ter forças para, animicamente, superar este período duro. Agora temos que olhar em frente e pensar positivo. Continuar com a mesma entrega, continuar a aprender todos os dias, dedicar-me ainda mais à quadra, porque tal como eu tenho uma vontade enorme de tourear, acredito que os aficionados também estejam desejosos de ir aos toiros. Precisamos todos uns dos outros.
Como se define o sentimento de tourear num dia em que se celebra a tauromaquia e a liberdade cultural?
R: Nos tempos actuais é uma iniciativa de extrema importância. Custa-me a entender e a aceitar que sejamos vítimas de uma perseguição que não faz sentido. Estou encantada de tourear no Dia da Tauromaquia na Moita, mas mesmo que não toureasse estava lá. Temos que lutar pela nossa liberdade cultural. A Tauromaquia faz parte de nós, da identidade do nosso país, da nossa cultura. A história está cheia de nomes que ergueram a bandeira nacional pelo mundo fora. A Tauromaquia é também um "cartão de visita" de Portugal.
Desta longa carreira, qual a melhor recordação que tem até ao momento?
R: Felizmente muitas, são mais de 20 anos de Alternativa... Não é fácil escolher apenas uma, mas nunca vou esquecer a actuação do Campo Pequeno em Outubro de 2015. Uma Corrida de Gala e com transmissão televisiva. Foi uma noite memorável, pelo que vivi e pela repercussão que teve. No entanto, chegar aos 20 anos como profissional e ainda sentir o carinho do público é muito gratificante e animador.
Quais são as suas expectativas, enquanto Toureira, para o Dia da Tauromaquia?
R: São sempre enormes. O programa é variado e o festival é sempre o atractivo maior. Tenho consciência que vai atrair muitas pessoas, que estão lá todos, e sendo no início da temporada acaba por ser uma "montra" da nossa imagem e do nosso momento.
Porque é que as pessoas devem estar presentes no Dia da Tauromaquia?
R: Porque a Tauromaquia precisa que demos a cara por ela, que a saibamos defender e promover... Temos que passar a ser vistos como parte integrante da nossa cultura (como sempre aconteceu) e não excluídos por ninguém. A presença de todos na Moita revela, de alguma forma, a nossa união e a nossa força.
O Festival Taurino do Dia da Tauromaquia conta com um cartel misto de luxo com os cavaleiros Ana Batista, João Moura Jr, João Ribeiro Telles, João Salgueiro da Costa, o matador português João Silva "Juanito" e o novilheiro praticante Filipe Martinho. Pegam os forcados de Montemor e Aposento da Moita, perante toiros da ganadarias Vinhas, Murteira Grave (a pé), Passanha, Eng.° Jorge de Carvalho (a pé), Varela Crujo e Romão Tenório.O Dia da Tauromaquia realiza-se no próximo dia 26 de fevereiro na Praça de Toiros da Moita, com diversas actividades a partir das 10h da manhã, para toda a família, encerrando com um fantástico Festival Taurino às 16h. Toda a programação e bilhetes para o Festival podem ser comprados em www.diadatauromaquia.pt. Os menores de 16 anos têm entrada gratuita.